Duguetia furfuracea: planta do cerrado brasileiro como fonte de substâncias bioativas

 

 

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Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Benth. & Hook. f. é uma planta pertencente à família Annonaceae, nativa de todo o território brasileiro, e ocorre principalmente no Cerrado. Conhecida como ata-brava ou sofre-do-rim-quem-quer, essa planta vem sendo utilizada na medicina tradicional para tratar cólicas renais e como pesticida, levantando interesse para o combate de vetores como o Aedes aegypti. Dentro do projeto Arbocontrol, extratos brutos dessa espécie de planta vêm sendo usados para realizar o isolamento bioguiado, afim de encontrar substâncias com atividade pesticida. Fenilpropanoides foram detectados, e isso é uma grande vantagem devido à sua seletividade. Essa classe de moléculas pode apresentar baixa toxicidade para humanos, uma vez que são moléculas comuns em alimentos, como canela e cravo ricos nos fenilpropanoides cinamaldeído e eugenol, respectivamente. Além disso, a simplicidade estrutural dessa classe de moléculas isoladas no projeto ArboControl permite alterações de grupos funcionais, e posterior avaliação da atividade pesticida. Dessa forma, padrões de fenilpropanoides análogos às moléculas isoladas foram adquiridos e suas atividades serão avaliadas, a fim de estabelecer a relação-estrutura atividade.

 

 fenilpropanoids

 

· Do extrato bruto de Duguetia furfuracea foram isolados três moléculas da classe dos fenilpropanoides

· Foi observado que a molécula (1) apresentou atividade pesticida isoladamente, e quando em mistura com a molécula (2) sua atividade foi potencializada, causando maior mortalidade das larvas de Aedes aegypti

· Os fenilpropanoides são uma classe potencial para o desenvolvimento de protótipos larvicidas devido sua baixa complexidade. Isto permite que sejam facilmente obtidas, seja por síntese ou comercialmente

 

O principal desafio ao trabalhar com fontes naturais de moléculas é a quantidade em que estas são obtidas. Para transpor essa barreira, estratégias estão sendo adotadas:

 

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