Testes biológicos
TESTE REPELENTE ESPACIAL
Repelência espacial se refere à capacidade de uma substância química presente no ar alterar o comportamento de mosquitos fêmeas de forma a reduzir o contato entre humano e vetor. Um dos comportamentos avaliados é o movimento para longe de um estímulo químico. Veja como funciona:
Capturar 20 mosquitos fêmeas e colocá-los no cilindro central do aparato
Inserir os papéis de filtro com e sem a amostra ativa (controle e tratamento, respectivamente); em seguida, abrir as válvulas para que os mosquitos circulem livremente pelo aparato
Após 10 minutos, as válvulas são fechadas e quantifica-se o número de mosquitos presentes em cada um dos cilindros
As especificações do sistema utilizado para avaliação da repelência são baseadas em protocolo estabelecido pela OMS.
Zebrafish
Ensaio em organismos não-alvo
Atualmente o zebrafish é um organismo consolidado como modelo experimental em diversas áreas da ciência, tais como: genética, biologia do desenvolvimento, comportamento, toxicologia e neurociências. Dentre as vantagens em utilizá-lo, destacam-se: (i) a facilidade no cultivo de todos os estágios de vida em laboratório; (ii) baixo custo de cultivo (iii) alta performance reprodutiva com desova abundante; (iv) os embriões são translúcidos, permitindo avaliação do desenvolvimento embrionário e teratologias; (v) tamanho pequeno, que permite o cultivo em espaços reduzidos, (vi) seu genoma já foi sequenciado permitindo o desenvolvimento de estudos filogenéticos e estudos genéticos comparados com seres humanos, (vii) estudos sobre o desenvolvimento de diversos sistemas, órgãos e doenças relacionadas são realizados utilizando adultos e embriões de zebrafish como modelo experimental, (viii) no âmbito das ciências ambientais há muitos trabalhos comportamentais de exposição dessa espécie a diversos inseticidas, fármacos entre outros xenobióticos.
O MODELO ZEBRAFISH
Para a obtenção de embriões de zebrafish, grupos de peixes machos e fêmeas, na proporção de 2:1, respectivamente, foram colocados em aquários de coleta de embriões, no dia anterior ao teste, separados por uma barreira (1). Após a obtenção dos embriões foi feita uma primeira triagem dos ovos viáveis a olho nu (2), seguida de uma seleção criteriosa dos ovos fertilizados ao estereomicroscópio (3). Por fim, esses foram distribuídos, um ovo por poço, em microplacas de 96 poços, contendo as diferentes soluções teste (Fish embryo toxicity (FET) test) ou em cubas para posterior realização dos testes bioquímicos (4).
* AChE: acetilcolinesterase; CAT: catalase; GST: glutationa S transferase; LDH: lactato desidrogenase